O fato mais grave da minha vida aconteceu dia 7 de agosto de 1998. O segundo foi dia 14 de agosto de 2019.

O primeiro, foi a morte do meu pai. O segundo foi quando eu estava correndo. Tentei atravessar a rua e, ainda correndo, fiquei olhando para trás. Acabei pisando em um desnível das belas calçadas da de Fortaleza City.

Já no segundo acontecimento, apesar da dor física insuportável no momento, o que me deixou mais angustiado foi: “E se eu não puder mais correr!?!??”

O motivo de eu ter elencado esses dois acontecimentos como os mais impactantes para mim foi devido a dor emocional: o sentimento de perda.

Claro que o primeiro acontecimento é, em ordens de grandeza, infinita vezes maior do que o segundo. E só o tempo me “curou”.

Já no segundo, após os primeiros dias de lamentações do tipo: “Eu não devia ter entrado naquela rua”, “Eu não devia correr na calçada” e afins, decidi que iria voltar a correr e comecei o tratamento. Após 51 dias parado, no dia 4 de outubro de 2019, eu façominha primeira corrida, mesmo com o pé ainda doendo e, é claro, pegando leve.

A cada treino, o pé dói menos. Finalmente no dia 30 de outubro de 2019, eu consigo voltar ao ponto de antes da torção: 11 km em 1:03:25”.

Corri 87 km em outubro. Em julho, mês antes do acidente, tinha corrido 105km

Problemas não são comparáveis. O meu problema é sempre pior que o seu. Já o seu é pior que o meu. Melhor do que comparar os problemas, é melhor enfrentá-lo.

A lição que ficou: não tenho mais tempo para esperar tempo curar.

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